top of page

Incoterms: o que são e por que eles importam na sua importação/exportação?

  • Foto do escritor: TransitBR
    TransitBR
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Quando você fecha um negócio internacional, vai muito além de preço e produto. É preciso definir claramente quem faz o quê, até onde vai à responsabilidade de cada parte e quem assume os riscos. É aí que entram os Incoterms (International Commercial Terms), normas criadas pela Câmara de Comércio Internacional (ICC) para padronizar essas definições em transações globais.



O que são Incoterms?


Incoterms são códigos de três letras que definem como as responsabilidades e os custos são distribuídos entre vendedor e comprador em cada etapa do transporte internacional. 


Esses termos determinam, por exemplo, quem cuida do frete, quem paga o seguro, quem realiza o desembaraço aduaneiro e até onde vai à responsabilidade sobre a mercadoria. Tudo isso evita ambiguidades contratuais e protege ambas as partes envolvidas na negociação.


Por que são importantes?


  1. Padronização de responsabilidades: evita conflitos e mal-entendidos.

  2. Transparência nos custos: cada parte sabe exatamente o que está pagando.

  3. Planejamento logístico e financeiro: permite antecipação de etapas e custos.

  4. Gestão de riscos: define o momento exato em que o risco da mercadoria muda de mãos.


Termos mais utilizados e suas aplicações


  • EXW (Ex Works): O vendedor disponibiliza a mercadoria na origem (ex: na fábrica). O restante do processo fica por conta do comprador. Ideal para quem tem estrutura logística robusta.

  • FOB (Free On Board): Usado para transporte marítimo. O vendedor embarca a carga no navio e a partir dali os custos e riscos são do comprador. É um dos termos mais usados no comércio exterior brasileiro.

  • CIF (Cost, Insurance and Freight): Também para transporte marítimo. O vendedor paga frete e seguro até o porto de destino, mas o risco transfere ao comprador assim que a carga é embarcada.

  • DDP (Delivered Duty Paid): O vendedor assume toda a responsabilidade, incluindo impostos e desembaraço. O comprador apenas recebe a mercadoria. É a opção mais cômoda para o importador.


Também existem Incoterms multimodais (como FCA, CPT, CIP, DAP, DPU) e específicos para transporte marítimo (como FAS, CFR), que fornecem flexibilidade dependendo do modal escolhido.


Como escolher o Incoterm correto?


A escolha depende de vários fatores:


  • Nível de experiência: Importadores iniciantes costumam preferir termos como DDP, enquanto experientes optam por EXW ou FOB.

  • Modal de transporte: Alguns Incoterms são exclusivos para transporte marítimo (como FOB e CIF), enquanto outros funcionam para qualquer modal (como DDP e FCA).

  • Risco e controle: Quanto mais responsabilidade, maior o controle sobre a carga, mas também maior o risco assumido.

  • Destino final: Em locais com legislações mais complexas, é preciso avaliar se vale a pena assumir responsabilidades adicionais, como no caso do DDP.


Considerações finais


Dominar os Incoterms é essencial para quem atua com importação ou exportação. Eles não apenas garantem uma negociação mais segura e transparente, como também evitam surpresas desagradáveis durante o transporte ou desembaraço. Cada termo tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha deve ser feita com base na realidade do seu negócio, no perfil do seu parceiro comercial e nas condições logísticas envolvidas.


Na dúvida, o ideal é contar com apoio especializado para escolher o Incoterm mais adequado para cada operação. Conheça nosso agenciamento de cargas.

 
 
 
bottom of page